José Maria de Eça de Queirós
Nasceu numa casa da praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade; Foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde.
Filho de José Maria Teixeira de Queiroz e de Carolina Augusta Pereira d'Eça.
Foi baptizado como "filho natural de José Maria D'Almeida de Teixeira de Queiroz e de Mãe incógnita".De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se opunha, casaram os pais de Eça de Queirós, já o menino tinha quase quatro anos. O menino foi entregue aos cuidados de uma ama , pois ficou com a senhora, até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a onde tinha morado paterna que em 1855 morreu.
Nesta altura foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra onde estudou direito.Além do escritor, o casal teria mais seis filhos.
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós viajou ao Egipto e visitou o canal do Suez que estava a ser construído, que o inspirou em diversos dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o “O mistério da estrada de Sintra”e, em 1870, e “A relíquia”, publicado em 1887. Em 1871 foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
Aparentemente, Eça de Queirós passou os anos mais produtivos de sua vida em Inglaterra, como cônsul de Portugal em Newcastle e em Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, “A Capital”, escrito numa prosa hábil, plena de realismo.
Suas obras mais conhecidas,” Os Maias” e “O Mandarim”, foram escritas em Bristol e Paris respectivamente.
Seu último livro foi “A Ilustre Casa de Ramires”, sobre um fidalgo do séc. XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara ambientada no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se de uma novela chamada A Torre de D. Ramires, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.
Morreu em 1900 em Paris. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas.
Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra.
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