segunda-feira, 28 de março de 2011

Livro - O Símbolo Perdido


No início era a palavra. Mais uma vez o Professor Langdon é chamado de madrugada para salvar o dia.

Voa até Washington DC para uma simples conferência sobre simbolos maçónicos, num ápice tudo ganha outra dimensão, símbolos estranhos formam um convite ancestral para a descoberta dos maiores segredos da História. O perigo espreita, o relógio corre, começa mais uma aventura surpreendente de Robert Langdon. Ele sabe sabe que é impossível, que não há resposta a dar, a franc-maçonaria está simbolizada em todo lado nos prédios da capital do país mais poderoso do mundo, a solução é uma lenda. Túneis, câmaras econdidas e templos esperam Robert na tentativa de salvar o seu amigo e mentor de uma morte que se adivinha atroz. A resolução de um mistério impossível, incrível, irá obrigar o nosso heroi a correr todos os altos pontos de Washington. A resposta está mais perto do que se pode imaginar. Será surpreendente descobrir as câmaras escondidas no Smithsonian Museum, as pinturas alegóricas do Capitólio e os segredos da história dos pais fundadores da América. Tudo gira à volta do círculo e do ponto.

A liberdade religiosa no seu maior esplendor, o poder da mente, entre ciência e misticismo, o nosso simbologista de Harvard irá duvidar da realidade de lendas, irá errar e conhecer a morte de perto. Um líder carismático derrotado pelas suas certezas, pela sua própria família, pela sua própria história e riqueza, vê a luz sob una perspectiva. A palavra é ultrapassar o simples conhecimento, ultrapassar as certezas, duvidar e renovar.

Mais do que uma visita cultural, Dan Brown permite-nos ver um dos mais místicos e secretos grupos tendencialmente religioso com novos olhos, descobrir, mais uma vez, alguns segredos para além dos preconceitos.

Geração de 70


Grupo de jovens intelectuais do final do século XIX liderado ideologicamente por Antero de Quental e José Fontana e do qual fizeram parte alguns dos maiores escritores da História da Literatura portuguesa, como Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Téofilo Braga e Guerra Junqueiro.

Iluminados por ideias inovadoras que beberam da cultura europeia, sobretudo da francesa, irão opôr-se a um governo monárquico cada vez mais contestado nos finais da centúria. Racionalistas, herdeiros do positivismo de Comte, do idealismo de Hegel e do socialismo utópico de Proudhon e Saint-Simon, protagonizaram uma autêntica revolução cultural no nosso País, agitando consciências e poderes estabelecidos. São disso exemplo a Questão Coimbrã e as Conferências do Casino. Esta revolução cultural acabou por desembocar numa revolução política: a instauração da República, a 5 de Outubro de 1910.


Caricatura

Trata-se de uma representação (geralmente de pessoas) em que são mostrados, de forma exagerada, aspectos do objeto retratado, normalmente na tentativa de se obter efeitos cómicos.

A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas.


O cartoon é um strip de banda desenhada que por vezes critica a sociedade actual.

"Os Maias"


A acção de "Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade dos séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família Maia.

A acção inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro. O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.

Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Damaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.

Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.

Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Mão Forte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mães de Carlos. Os amantes eram irmãos...

Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre de desgosto.

Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo.

O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega.

Realismo

Realismo é a denominação genérica da reação aos ideais românticos que caracterizou a segunda metade do século XIX. De facto, as profundas transformações vividas pela sociedade européia exigiam uma nova postura diante da realidade; não havia mais espaço para as exageradas idealizações românticas.Portanto, o Realismo tem de ser analisado a partir de um novo ponto de referência: a Europa vive a segunda fase da Revolução Industrial, ao mesmo tempo que conhece o desenvolvimento do pensamento científico e das doutrinas filosóficas e sociais. Essas transformações servem de pano de fundo para uma reinterpretação da realidade, que gera teorias de variadas posturas ideológicas. Numa sequência cronológica, temos:- Positivismo de Augusto Comte, preocupado com o real-sensível, com o facto, defendendo o cientificismo no pensamento filosófico e a conciliação entre “ordem e progresso.


Citação de Eça de Queirós:


"O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para condenar o que houver de mau na nossa sociedade".


Eça de Queirós


José Maria de Eça de Queirós

Nasceu numa casa da praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade; Foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde.

Filho de José Maria Teixeira de Queiroz e de Carolina Augusta Pereira d'Eça.

Foi baptizado como "filho natural de José Maria D'Almeida de Teixeira de Queiroz e de Mãe incógnita".De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se opunha, casaram os pais de Eça de Queirós, já o menino tinha quase quatro anos. O menino foi entregue aos cuidados de uma ama , pois ficou com a senhora, até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a onde tinha morado paterna que em 1855 morreu.

Nesta altura foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra onde estudou direito.Além do escritor, o casal teria mais seis filhos.

Em 1869 e 1870, Eça de Queirós viajou ao Egipto e visitou o canal do Suez que estava a ser construído, que o inspirou em diversos dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o “O mistério da estrada de Sintra”e, em 1870, e “A relíquia”, publicado em 1887. Em 1871 foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.

Aparentemente, Eça de Queirós passou os anos mais produtivos de sua vida em Inglaterra, como cônsul de Portugal em Newcastle e em Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, “A Capital”, escrito numa prosa hábil, plena de realismo.

Suas obras mais conhecidas,” Os Maias” e “O Mandarim”, foram escritas em Bristol e Paris respectivamente.

Seu último livro foi “A Ilustre Casa de Ramires”, sobre um fidalgo do séc. XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara ambientada no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se de uma novela chamada A Torre de D. Ramires, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.

Morreu em 1900 em Paris. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas.

Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra.

Frei Luís de Sousa - Resumo

Acto I

A acção desenrola-se numa sala do palácio de D. Manuel de Sousa Coutinho, ondepredomina a elegância e o luxo.A peça inicia-se com o monólogo de D. Madalena, que reflecte sobre os amores dePedro e Inês. Esta reflexão associa o amor de D. Madalena por Manuel de Sousa Coutinho aomito do amor infeliz e trágico.D. Madalena e Telmo conversam sobre a condição social de Maria e a sua saúde eMadalena pede a Telmo que tenha consciência do que o regresso de D. João podia significarpara Maria, que não lhe diga nada ou não lhe proporcione qualquer leitura, que excite a suaimaginação e possa sustentar a sua crença sebastianista.Jorge traz notícias de Lisboa: os governadores espanhóis desejam deixar a cidadedevido à peste, e que estes haviam escolhido a casa de Manuel Coutinho para se instalarem.Manuel de Sousa Coutinho chega de Lisboa e transmite à família a sua decisão de semudar para a casa que pertencera a D. João de Portugal.D. Madalena resiste à ideia, mas acaba por cumprir a vontade do marido.Num acto patriótico Manuel Coutinho ateia fogo ao palácio de forma a evitar que os governadores espanhóis se instalem em sua casa.


Acto II


O segundo acto decorre num salão do palácio de D. João de Portugal, situado emAlmada.D. Madalena está doente há oito dias, desde que chegara ao palácio de D. João.Manuel de Sousa Coutinho está escondido numa quinta, receando represálias por parte dosgovernadores espanhóis.Entretanto, Maria pede a Telmo que identifique o retrato de D. João de Portugal, o queTelmo se recusa a fazer. É o seu pai que chega e revela a Maria a pessoa representada noquadro.Frei Jorge chega ao palácio e comunica a seu irmão que os governadores tinhamresolvido esquecer a sua atitude, a pedido do arcebispo.Manuel de Sousa Coutinho aceita a proposta do irmão e decide ir a Lisboa receber oarcebispo, como acto de agradecimento. Maria vai com o seu pai.D. Madalena fica sozinha com frei Jorge. Miranda, um criado, interrompe a conversa eanuncia a chegada de um romeiro, que deseja falar a D. Madalena.D. Madalena recebe o Romeiro e apesar de não reconhecer a sua identidade,apercebe-se da desgraça da sua situação.


Acto III


A acção decorre na “parte baixa do palácio de D. João” que comunica, por uma porta, com a capela da Senhora da Piedade.Maria chega doente de Lisboa. Manuel Coutinho toma do conhecimento do regresso de D. João de Portugal e éatormentado por um grande sofrimento, sobretudo em relação ao destino da filha, cuja saúdeinspira cuidados e se encontra numa situação de ilegitimidade.Manuel Coutinho decide tomar o hábito, o que D. Madalena acaba por aceitar devido àinflexibilidade de Manuel. O Romeiro, compadecido pela desgraça que causara, pede a Telmo que salve a família,solicitando-lhe que diga que o Romeiro é um impostor.Durante a cerimónia da tomada de hábito, Maria surge convidando os pais a mentirpara a poderem salvar, mas acaba morrendo nos seus braços.Manuel de Sousa Coutinho passará a se conhecido por Frei Luís de Sousa e D.Madalena por Soror Madalena. O Romeiro abandona o seu próprio palácio de desaparece.

Romantismo


O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, que representa as mudanças no plano individual, destacando a personalidade, sensibilidade, emoção e os valores interiores.Atingiu primeiro a literatura e a filosofia, para depois se expressar através das artes plásticas. A literatura romântica , abarcando a épica e a lírica, do teatro ao romance, foi um movimento de vaguarda e que teve grande repercussão na formação da sociedade da época, ao contrário das artes plásticas, que desempenharam um papel menos vanguardista.A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revoluçao Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente romântica, visto que nenhum dos artistas se afastou completamente do academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das obras.

O melhor exemplo de Romantismo português é Almeida Garrett, na sua obra teatral Frei Luís de Sousa.