terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo II




Neste capítulo, o sermão passa a ser uma alegoria, porque o orador usa peixes como metáfora de homens, as virtudes desses peixes são por contraste metáfora dos defeitos dos homens e os seus vícios são directamente metáfora dos vícios dos homens. O pregador fala aos peixes, mas quem o escuta são os homens. Enquanto que os peixes ouvem e não falam, os homens falam muito e ouvem pouco.

O pregador divide o sermão em duas partes: partes em que louva as virtudes dos peixes e partes em que repreende os seus vícios.

Para que os ouvintes compreendam que todo o sermão é uma alegoria, o pregador refere frequentemente os homens. Também demonstra as afirmações que faz tirando partido do contraste entre o bem e o mal, referindo palavras de Cristo, de Moisés, de S. Basílio, de Aristóteles e de Santo Ambrósio, e todas essas afirmações são referidas aos louvores dos peixes. Fala de eventos como o dilúvio e também de animais que se domesticam.

Refere que os peixes não foram castigados por Deus no dilúvio, e assim isto faz de exemplo para os homens que pouco ouvem e falam muito, e pouco respeito têm pela palavra de Deus.

Também refere inúmeros animais que convivem com os homens, e que assim foram castigados, pois agora podem ser domesticados ou podem viver presos. Nesses animais não se incluem os peixes.

Sem comentários:

Enviar um comentário