terça-feira, 16 de novembro de 2010
Análise de Leitura - "Medo", de Jeff Abbott
Há algum tempo li o livro "Medo", de Jeff Abbott. Este livro é um thriller muito intenso, cheio de acção e suspanse.
O personagem principal é Miles Kendrick, que sofre de stress pós-traumático, e está num programa de protecção de testemunhas, pois ele matou o seu melhor amigo em sua defesa.
Miles é constantemente perseguido pela visão do seu melhor amigo e devido ao seu distúrbio mental, frequenta uma psiquiatra, e esta receita-lhe comprimidos para o aliviar.
A sua psiquiatra é morta, e com isto ele sente-se de algum modo responsável e procura saber porque a mataram, quem a matou e vingar a sua morte.
Ao pesquisar sobre a sua psiquiatra, Miles descobre um hospital muito estranho onde decorrem testes de um novo e potente medicamento.
Na história ocorrem muitas reviravoltas, e Miles junta forças com outro paciente da psiquiatra, um veterano de guerra que ao cometer um pequeno erro acabou por matar todo o seu esquadrão.
Durante o livro, Miles e o paciente são constantemente perseguidos por um assassino que os tenta matar a todo o custo e envolvem-se numa grande conspiração à volta do hospital e da psiquiatra.
Este é um livro cheio de acção, suspance e reviravoltas, e recomendo a qualquer pessoa que goste de livros sobre crime.
"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo II
Neste capítulo, o sermão passa a ser uma alegoria, porque o orador usa peixes como metáfora de homens, as virtudes desses peixes são por contraste metáfora dos defeitos dos homens e os seus vícios são directamente metáfora dos vícios dos homens. O pregador fala aos peixes, mas quem o escuta são os homens. Enquanto que os peixes ouvem e não falam, os homens falam muito e ouvem pouco.
O pregador divide o sermão em duas partes: partes em que louva as virtudes dos peixes e partes em que repreende os seus vícios.
Para que os ouvintes compreendam que todo o sermão é uma alegoria, o pregador refere frequentemente os homens. Também demonstra as afirmações que faz tirando partido do contraste entre o bem e o mal, referindo palavras de Cristo, de Moisés, de S. Basílio, de Aristóteles e de Santo Ambrósio, e todas essas afirmações são referidas aos louvores dos peixes. Fala de eventos como o dilúvio e também de animais que se domesticam.
Refere que os peixes não foram castigados por Deus no dilúvio, e assim isto faz de exemplo para os homens que pouco ouvem e falam muito, e pouco respeito têm pela palavra de Deus.
Também refere inúmeros animais que convivem com os homens, e que assim foram castigados, pois agora podem ser domesticados ou podem viver presos. Nesses animais não se incluem os peixes.
"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo I
Este capítulo é o Exórdio, ou Introdução, e pretende explor o plano a desenvolver e as ideias a defender. Começa com um texto bíblico: "Vos estis sal terrae." - Vós sois o Sal da terra, que serve de tema e será desenvolvido de acordo com a intenção e o objectivo do autor.
O orador, para atingir a inteligência dos ouvintes, usa argumentos lógicos, sucessivas interrogações retóricas e a autoridade dos exemplos de Santo António, de Cristo e da Bíblia. Também usa interjeições e exclamações para atingir o coração dos ouvintes.
Este sermão tem como objectivo salvar os Índios, pois na época era comum o tráfico desses mesmos como escravos, e estavam em constante perigo.
Discurso "Eu tenho um sonho" de Martin Luther King
Martin Luther King, durante a sua vida, lutou pelos direitos dos negros na América. Foi até agora a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz, em 1964.
Martin fez um importante discurso aos participantes na Marcha Sobre Washington pelo Emprego e pela Liberdade.
Neste discurso houve um parágrafo em particular que me captou a atenção:
"Não nos deixemos afundar no vale do desespero. Digo-vos hoje, meus amigos: mesmo que tenhamos de enfrentar as dificuldades de hoje e de amanhã, eu ainda tenho um sonho. Um sonho que mergulha profundamente as suas raízes no sonho americano."
Este parágrafo mostra claramente que Martin partilha a sua emoção com os seus ouvintes, e que nunca irá desistir de lutar pelos direitos dos negros.
Manifesto de Obama para os alunos
Barack Obama, o actual Presidente dos Estados Unidos da América, em 9 de Setembro de 2009, entregou um manifesto a todas as escolas do país, em que falava do valor que os alunos deviam dar à escola e de como é importante para as suas vidas.
Gostei muito deste manifesto, pois mostra que Obama é uma pessoa simples, que não tem problemas em falar sobre o seu passado e sobre as suas origens humildes, e que Obama se preocupa com o seu povo, porque se fosse o contrário, não escrevia este texto.
Deste manifesto, estes dois parágrafos captaram o meu interesse:
"A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor."
"É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros."
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Texto Argumentativo
O texto argumentativo tem como objectivo persuadir alguém das nossas ideias. Este tipo de texto deve ser claro e ter riqueza lexical, e pode tratar qualquer tema ou assunto.
Este tipo de texto apresenta uma estrutura organizada em três partes:
Introdução - Apresentação da ideia principal ou tese;
Desenvolvimento - Desenvolvimento da ideia principal;
Conclusão - O que se conclui sobre a tese.
Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes tipos, incluindo exemplos, dados históricos, dados estatísticos ou culturais.
Este tipo de texto apresenta uma estrutura organizada em três partes:
Introdução - Apresentação da ideia principal ou tese;
Desenvolvimento - Desenvolvimento da ideia principal;
Conclusão - O que se conclui sobre a tese.
Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes tipos, incluindo exemplos, dados históricos, dados estatísticos ou culturais.
A conclusão pode apresentar uma possível solução ou uma síntese. Deve utilizar título e variedade padrão de língua
A Oratória
A oratória é um método de discurso, da arte de como falar em público ou o conjunto de regras e técnicas que permitem apurar as qualidades pessoais de quem se destina a falar em público.
Esta era estudada como componente da retórica na Grécia Antiga, e mesmo em Roma e era considerada uma importante habilidade na vida pública e privada.
Os mais conhecidos autores sobre este tema na antiguidade são Aristóteles e Quintiliano.
sábado, 13 de novembro de 2010
Relatório da visita ao Museu Rainha D. Leonor (Museu Regional de Beja)
Há algumas semanas visitámos o Museu Regional de Beja. A visita foi guiada pelo Dr. Leonel Borrela, técnico do Museu, e assentou principalmente na temática da arte Barroca.
Iniciámos a visita na Igreja do Convento da Conceição onde nos foi mostrada toda a riqueza da talha dourada dos séculos XVII e XVIII, o púlpito onde o pregador orava e do lado direito três altares em talha dourada e um outro em mármore florentino todos no estilo Barroco.
De seguida fomos para o Claustro, onde descobrimos que por baixo de nós se encontrava o túmulo da fundadora do Convento, Dona Beatriz e todos os túmulos das freiras que professaram no Convento. Verificámos que as abóbadas das quadras (corredores do Claustro) pertenciam a vários estilos, sendo destacadas as abóbadas da quadra de S. João Evangelista e os seus feixes com símbolos diversos.
Também foi referido nas quadras, principalmente a de S. João Baptista, a riqueza dos azulejos portugueses do século XVII que também denunciam uma marcada influência Barroca.
Observámos as Esferas Armilar presentes no portal do antigo refeitório do Convento, demolido no século XIX.
Na Sala do Capítulo observámos a influência árabe na arquitectura do Alentejo, através da riqueza dos azulejos hispano-árabes do século XVI. Todos os painéis de azulejos existentes, de acordo com o Dr. Borrela, têm um erro (um azulejo diferente ou fora de posição), uma vez que para a religião árabe só Deus (Alá) é perfeito, pelo que as coisas terrenas deviam ter uma imperfeição. Na abóbada desta sala existe um texto que nos informa quando foi pintada a abóbada e quem a mandou pintar. Também esta pintura é de estilo Barroco. Por cima da escultura de Jesus do Capítulo estava uma inscrição em latim que dizia "Eis o modo como morrem os justos". As restantes pinturas da parede desta sala referem-se a motivos cristãos e bíblicos.
Posteriormente, visitámos a Sala de Pintura Portuguesa do Século XVIII, com diversas obras de influência Barroca e ao centro uma mesa feita de "pudim", que é uma de mistura de rochas sedimentadas ao longo do tempo e que tem por cima uma escultura de Nossa Senhora das Dores, também ela de arte Barroca.
Por fim, dirigimo-nos à Sala de Pintura de Pintura Portuguesa, do século XVI, e Espanhola do século XVII. Interessou-me nessa sala a pintura "Alegoria Filosófica", quadro de grande carga simbólica. Os objectos nele representados, segundo o Dr. Borrela, encerram uma crítica à Inquisição, representando alguns objectos como a caveira, o gorro do bobo da corte enfiado no globo terrestre, os objectos de alquimia e um pente de piolhos. Foi-nos acrescentado, neste e noutros quadros, que muitas vezes o autor não assinava a obra, pois a obra tinha sido "feita por Deus". Para algumas obras, isto era um modo de escapar à Inquisição.
No geral gostei da visita e espero que a Professora tenha outra iniciativa como esta.
Iniciámos a visita na Igreja do Convento da Conceição onde nos foi mostrada toda a riqueza da talha dourada dos séculos XVII e XVIII, o púlpito onde o pregador orava e do lado direito três altares em talha dourada e um outro em mármore florentino todos no estilo Barroco.
De seguida fomos para o Claustro, onde descobrimos que por baixo de nós se encontrava o túmulo da fundadora do Convento, Dona Beatriz e todos os túmulos das freiras que professaram no Convento. Verificámos que as abóbadas das quadras (corredores do Claustro) pertenciam a vários estilos, sendo destacadas as abóbadas da quadra de S. João Evangelista e os seus feixes com símbolos diversos.
Também foi referido nas quadras, principalmente a de S. João Baptista, a riqueza dos azulejos portugueses do século XVII que também denunciam uma marcada influência Barroca.
Observámos as Esferas Armilar presentes no portal do antigo refeitório do Convento, demolido no século XIX.
Na Sala do Capítulo observámos a influência árabe na arquitectura do Alentejo, através da riqueza dos azulejos hispano-árabes do século XVI. Todos os painéis de azulejos existentes, de acordo com o Dr. Borrela, têm um erro (um azulejo diferente ou fora de posição), uma vez que para a religião árabe só Deus (Alá) é perfeito, pelo que as coisas terrenas deviam ter uma imperfeição. Na abóbada desta sala existe um texto que nos informa quando foi pintada a abóbada e quem a mandou pintar. Também esta pintura é de estilo Barroco. Por cima da escultura de Jesus do Capítulo estava uma inscrição em latim que dizia "Eis o modo como morrem os justos". As restantes pinturas da parede desta sala referem-se a motivos cristãos e bíblicos.
Posteriormente, visitámos a Sala de Pintura Portuguesa do Século XVIII, com diversas obras de influência Barroca e ao centro uma mesa feita de "pudim", que é uma de mistura de rochas sedimentadas ao longo do tempo e que tem por cima uma escultura de Nossa Senhora das Dores, também ela de arte Barroca.
Por fim, dirigimo-nos à Sala de Pintura de Pintura Portuguesa, do século XVI, e Espanhola do século XVII. Interessou-me nessa sala a pintura "Alegoria Filosófica", quadro de grande carga simbólica. Os objectos nele representados, segundo o Dr. Borrela, encerram uma crítica à Inquisição, representando alguns objectos como a caveira, o gorro do bobo da corte enfiado no globo terrestre, os objectos de alquimia e um pente de piolhos. Foi-nos acrescentado, neste e noutros quadros, que muitas vezes o autor não assinava a obra, pois a obra tinha sido "feita por Deus". Para algumas obras, isto era um modo de escapar à Inquisição.
No geral gostei da visita e espero que a Professora tenha outra iniciativa como esta.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
"Carta do Achamento do Brasil" - Pero Vaz de Caminha
A "Carta do Achamento do Brasil" é o documento no qual Pero Vaz de Caminha registou as suas impressões sobre o Brasil. É o primeiro documento escrito da história do Brasil, sendo considerado o marco inicial da obra literária no país.
Pero Vaz de Caminha era o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, e redigiu a carta para o rei D. Manuel I, de modo a comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. A carta foi levada a Lisboa por Gaspar de Lemos, comandante do navio de mantimentos da frota, e é datada de Porto Seguro, no dia 1 de Maio de 1500.
A Carta é um excelente exemplo do deslumbramento do europeu diante do Novo Mundo. Nesta, são descritos os traços de terra, momento de vista da terra e o primeiro contacto com os índios brasileiros. Também é mencionado o pau-brasil e uma narração da Primeira Missa na nova terra.
No último parágrafo da Carta, Caminha pretende que D. Manuel libertasse do cárcere o esposo de sua filha Isabel, preso por assalto e agressão.
Pero Vaz de Caminha era o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, e redigiu a carta para o rei D. Manuel I, de modo a comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. A carta foi levada a Lisboa por Gaspar de Lemos, comandante do navio de mantimentos da frota, e é datada de Porto Seguro, no dia 1 de Maio de 1500.
A Carta é um excelente exemplo do deslumbramento do europeu diante do Novo Mundo. Nesta, são descritos os traços de terra, momento de vista da terra e o primeiro contacto com os índios brasileiros. Também é mencionado o pau-brasil e uma narração da Primeira Missa na nova terra.
No último parágrafo da Carta, Caminha pretende que D. Manuel libertasse do cárcere o esposo de sua filha Isabel, preso por assalto e agressão.
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