domingo, 12 de dezembro de 2010

Demagogia


Demagogia é conduzir o povo a uma falsa situação, dizendo ou propondo algo que não pode ser posto em prática, apenas com o intuito de obter um benefício ou compensação.

Contextualizando com o mundo actual, a demagogia está muito associada ao mundo da política e a promessas que não se concretizam.

Almeida Garrett - Obra

Na poesia lírica e narrativa, Garrett publicou algumas obras, como o controverso Retrato de Vénus, os poemas que fundaram o Romantismo português, "Camões" e "Dona Branca", em 1825 e 1826 e a colectânea Lírica de João Mínimo, em 1829.

Quanto à produção literária, o jornalismo é o que mais se destaca. Em 1822 lança o jornal O Toucador, destinado às senhoras. Alguns outros importantes jornais que fundou foram também O Português Constitucional, em 1836 e o jornal teatral O Entreacto, em 1837.

No Teatro publica Frei Luís de Sousa, em 1844, que é reconhecidamente a que melhor demonstra o seu ideal de sobriedade artística, esta obra permanece ainda hoje um texto modelar da literatura dramática portuguesa.

Almeida Garrett - Vida


Almeida Garrett nasceu no porto, em 1799. Aos 10 anos, parte com a família para os Açores, e é lá onde inicia a sua formação literária.

Em 1816, decide seguir estudos de Leis na Universidade de Coimbra. Enquanto estudante, participa no movimento conspirativo, que conduziria à revolução de 1820. Em 1821, surge o seu primeiro livro, O Retrato de Vénus, um poema que o levou a tribunal.

Entre 1823 e 1826, Garrett foi forçado a deixar Portugal por questões políticas. Isto voltou-se a repetir entre 1828 e 1831. Enquanto esteve fora, residiu em França e em Inglaterra, onde conheceu o movimento cultural europeu. Também publicou no estrangeiro os poemas "Camões" e "Dona Branca", que foram os primeiros textos românticos portugueses.

Em 1832, regressa a Portugal e participa frequentemente na política do país. Também se empenha na renovação da dramaturgia nacional, criando a Inspecção Geral dos Teatros, o Conservatório de Arte Dramática e o futuro Teatro Nacional. Funda também um jornal de teatros - "O Entreacto" e leva à cena a peça Um auto de Gil Vicente.

Em 1847, descontente com o devir da revolução, afasta-se da vida pública.

Regressa ao Parlamento em 1851 e é feito visconde. Mais tarde, em 1852, é nomeado Par do Reino.

Falece em 9 de Dezembro de 1854.

"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo VI


Este capítulo é a despedida. O orador retoma aos pregadores de que falava no conceito predicável e alega que homens e peixes nunca vão chegar ao cacrifício final, pois os peixes já vão mortos e os homens vão mortos de espírito. Acaba dizendo que coisas como a irracionalidade, a inconsciência e o instinto dos peixes são melhores que a racionalidade, o livre arbítrio, a consciência e a vontade do homem.

"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo V


Neste capítulo, o orador repreende peixes, mas desta vez num carácter particular. Usa quatro exemplos:

O roncador, arrogante.

O pregador, um oportunista.

O voador, ambicioso.

O polvo, traidor e hipócrita. Apesar de ter uma aparência inofensiva, é traiçoeiro, maldoso e hipócrita, pois faz-se "amigo" dos outros e no fim mata-os.

"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo IV


Neste capítulo, o orador, no carácter geral, acusa os peixes de se comerem uns aos outros, e para fazer isto, recorre a um exemplo dos homens, dizendo que os homens fazem exploração uns dos outros. Para melhorar a sua tese, compara a ganância dos Tapuias com a ganância dos homens, realnçando que a última é mais grave. Diz ainda que o mais grave de tudo é o facto de os grandes comerem os pequenos, e que são precisos muitos pequenos para alimentar um grande. Também os acusa de cegueira, vaidade e de terem maldade.

O orador faz estas repreensões pois tem o objectivo de mudar os homens, ou pelo menos fazê-los pensar.

"Sermão de Santo António aos Peixes" - Capítulo III


Neste capítulo, o orador atribui um louvor aos peixes, em casos particulares.

Utiliza quadro peixes: o Santo peixe de Tobias, a Rémora, o Torpedo e o Quatro-Olhos.

O Santo peixe de Tobias caracteriza-se com as suas entranhas e um coração que tem como objectivo expulsar os demónios e simboliza como Deus tem um certo poder purificador.

A Rémora é um peixe que quando se agarra a um navio tem força para o conduzir sozinha. Isto simboliza como a palavra do pregador é poderosa.

O Torpedo, com as suas descargas eléctricas, faz tremer o braço do pescador. Isto também faz com que ele não possa ser pescado, e assim, se salve. Simboliza o poder de Deus ao fazer tremer os pescadores.

O Quatro-Olhos, com os seus dois pares de olhos, simboliza o que os cristãos deviam fazer, que é tirar os olhos da vaidade terrena e olhar para o céu sem esquecer o inferno.

Isto é tudo uma antítese aos defeitos dos homens, simbolizando os seus vícios.